quarta-feira, 28 de março de 2012

O "diletantismo irresponsável" da Inteligência no Brasil

O "diletantismo irresponsável" da Inteligência no Brasil


“O melhor que se pode dizer sobre o que acontece aqui é um diletantismo irresponsável” é história proibida da Inteligência de Estado de um importante e promissor país emergente; mas que se divorciou das sábias palavras do coronel Walther Nicolai, chefe do serviço de inteligência do chanceler Bismarck, que profetizou: “A Inteligência é um apanágio dos nobres. Confiada a outros, desmorona".
Pois, essas palavras foram proferidas numa tensa e ríspida reunião sigilosa à principal autoridade do órgão central do sistema de inteligência daquele país, em razão das graves irregularidades cometidas pela cúpula do seu principal serviço secreto. Contudo, visceralmente comprometido, esse dirigente máximo não hesitou em retaliar clandestinamente o seu interlocutor, que evidentemente caiu em desgraça. Todavia, numa reviravolta surpreendente, aconteceu o inimaginável num serviço de inteligência de um estado democrático de direito. Pois, numa reunião secreta, urgentíssima, estava o referido dirigente máximo da inteligência nacional, cabisbaixo, nervoso e visivelmente abalado, pedindo solenes desculpas oficiais, em nome da principal agência de inteligência nacional, pelos referidos desvirtuamentos cometidos, cujas escusas foram apresentadas subservientemente à pessoa daquele mesmo protagonista que hostilizara.
Na verdade, esse inadmissível capítulo da inteligência daquele país constituiu um desesperado estratagema governamental para evitar a todo custo que o "diletantismo irresponsável" de seus serviços de inteligência fosse revelado. Porém, o seu resultado final foi desastroso porque o referido protagonista reagiu veementemente contra a subseqüente e inescrupulosa tentativa de sua cooptação. Destarte, o que se seguiu naquele gabinete ultrassigiloso reflete a gravidade do caso em testilha porque “quem deve, teme - e treme”. Assim, temeroso da sua inevitável responsabilização, o dirigente máximo de inteligência descontrolou-se em ingentes ameaças ao referido protagonista que, sendo provenientes da direção-geral do principal serviço secreto de um país, trata-se da mais tácita e fatal condenação que uma pessoa pode receber em vida.
“Não imaginei que havia criado um monstro” foram as célebres palavras de arrependimento proferidas pelo General Golbery do Couto e Silva, ante à degenerescência do Serviço Nacional de Informações (SNI), criado em 1964, do qual foi um dos principais idealizadores, e que culminou com sua extinção no governo Fernando Collor de Melo. Como o presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC) não se afastou dos erros passados ressuscitou no Brasil o espírito do antigo SNI, sob a denominação de Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), criada como órgão central do Sistema Brasileiro de Inteligência (SISBIN), pela Lei 9883, de 07 de dezembro de 1999. Com pouco mais de uma década de existência, a história da ABIN se caracteriza por sua escandalosa e generalizada ineficiência, contaminando o SISBIN e por uma sucessão de escândalos e crises institucionais de âmbitos nacional e internacional, cujas danosas conseqüências implicaram a exoneração de vários diretores-gerais, ao longo dos governos FHC e Lula.
Na atual conjuntura, o Brasil sofre a maior e pior crise institucional de inteligência sem precedentes na sua história, incipientemente desvelada à sociedade, em 2008, no festival de clandestinidades da Operação Satiagraha, criminosamente patrocinadas pela direção-geral e toda a cúpula da ABIN. Em pleno governo Dilma Rousseff, nada efetivamente foi realizado contra esse intolerável estado de coisas. E, no epicentro desse caos que vive a Inteligência de Estado no Brasil, a ABIN e o SISBIN continuam uma "caixa preta" invencível, sem controle, em flagrante atentado contra o estado democrático de direito vigente, obscuramente protegida pela impunidade, inação e rápido esquecimento de nossos governantes sobre seus crimes praticados contra o estado brasileiro, cujos culpados nunca foram responsabilizados; e sob a cumplicidade dos órgãos de controle, dos poderes executivo, legislativo, judiciário e do ministério público.
No momento em que aquele protagonista saiu do gabinete da presidência da república, após o derradeiro e fatídico desfecho sobre o “diletantismo irresponsável” que impera na inteligência nacional daquele país sem história, ele sabia sobejamente sobre o terrível destino que o aguardava, e que as piores contingências acometeriam os desígnios do seu país e da sua vida.

sexta-feira, 23 de março de 2012

A "Força Divina"



Acreditar, ou não, em Deus é uma escolha individual que deve ser plenamente respeitada visto que cada pessoa tem o direito de acreditar, ou não, no que quiser. Nesse mister, recomenda-se por importante precaução cognoscente confirmar-se cabalmente a real existência do eventual objeto de fé porquanto acreditar naquilo que não existe, além de constituir um ato de ignóbil estupidez, é um irrecuperável desperdício de vida.
No caso específico de Deus, há que se reconhecer que sua existência está cada vez mais improvável; principalmente porque Ele, caso existisse, certamente já teria encerrado essa celeuma milenar, apresentando-se voluntariamente e inequivocamente a toda humanidade. Dessa forma, Ele poderia inclusive nos antecipar a data da sua apresentação porque a humanidade irmanada transformaria esse especial momento no maior carnaval do planeta, com muita festa, alegria, samba, axé, micareta, frevo, forró, rock’n roll, muita bebida (“se beber não dirija, se dirigir não beba”), muito amor, muito sexo (mas, cuidado! faça sexo seguro: “use camisinha, sempre!”; inclusive com seu cônjuge, ou grande amor, porque atualmente é ainda menos pior a dor da perda de um relacionamento ao duplo sofrimento pela perda também da própria saúde); e, é claro, comemoraríamos também a vinda d’Ele com muito gospel, muito louvor, reza e oração; e evidentemente muito dízimo à Igreja do Senhor.
Contudo, como Deus nunca nos falou diretamente – lembrando que “quem se cala, consente”; e como Ele nunca se manifestou pessoalmente a nós – lembrando que “aquilo que não existe, evidentemente não se manifesta”; conseqüentemente, o mais provável é que Deus realmente... digamos... não esteja muito preocupado com a sua própria existência.
Todavia, considerações sobre a existência de Deus à parte, uma coisa indubitavelmente e inexoravelmente existe nesse mundo – a “Força Divina”.
Sou testemunha viva da existência e do poder indestrutível e avassalador da “Força Divina”, cujo fenômeno é tão exterminador, quanto inexplicável. Todavia, diferentemente de Deus, a “Força Divina” manifesta-se autenticamente, revelando-se ostensivamente com a sua assinatura inconfundível – a destruição de inimigos.
Quais inimigos?
Os inimigos de certas “pessoas” e “organizações”.
Que “pessoas” e “organizações”?
Essa é a principal questão sobre a ação da “Força Divina”, pois ela somente destrói os inimigos de "pessoas" e “organizações” especialíssimas na luta pelo bem comum, realizando “missões impossíveis”, mas são completamente desconhecidas.
É isso mesmo! Ninguém sabe quem elas são. É como se elas simplesmente não existissem. Na verdade, elas têm o poder de “desacontecer”.
Sabe-se apenas que a “Força Divina” as protege, representando a “Força da Justiça” que sempre prevalece contra o mal. Porque “aqui se faz, aqui se paga”. Assim, seus inimigos sempre serão destruídos, cairão em desgraça. E da pior maneira possível.
Portanto, se você tem o direito de acreditar, ou não, no que quiser; e o livre arbítrio de fazer o que desejar; tome muito cuidado para não ferir os ditames da legalidade e da ética pelos quais esses guardiões silentes sacrificam-se heroicamente. E muito menos se insurja contra eles, ou até mesmo se interponha em seu caminho. Porque esses entes nada farão contra você; mas saiba que a “Força Divina” será implacável e te destruirá. E você ainda sofrerá e muito. Nisso, você pode seguramente acreditar.

quarta-feira, 21 de março de 2012

O combate à corrupção no Brasil




Que o Brasil é um país muito corrupto, só a sociedade brasileira finge desconhecer. Portanto, a crucial questão é saber se a corrupção no Brasil tem solução. Ou melhor, cura. Porque a corrupção é doença cancerígena do estado. Nesse contexto, a verdade é que o Brasil está na UTI, em estado grave, sofrendo desse câncer em fase de metástase avançada. E se você quer saber sobre a gravidade da corrupção no país, pergunte então a um médico oncologista o que é câncer em metástase avançada.
A despeito do discurso oficial dos nossos governantes dos poderes executivo, legislativo, judiciário e do ministério público sobre a vitória da luta contra a corrupção no Brasil, a realidade é que nossa conjuntura atual é pessimista, pois o efeito que esse esforço representa no combate a essa grave criminalidade que nos aflige é semelhante ao do tratamento do câncer com o uso de aspirina. Se você é um desses servidores públicos engajados na luta contra a corrupção no Brasil, a verdade é que, ao contrário, muito provavelmente você está trabalhando a favor dela. Porque a sociedade brasileira e principalmente os integrantes de nossas instituições nacionais estão sendo manipulados nesse sentido pela forma mais agressiva de corrupção, que ocorre quando ela alcança e toma o poder do estado constituído, como lamentavelmente acontece atualmente no Brasil.
Significa que a nação brasileira está sendo enganada por seus próprios dirigentes, a fim de fazê-la pensar que a corrupção no país está sendo efetivamente combatida, quando de fato não está. Isto se dá por orquestrada desinformação propagandística, lastreada em estatísticas devidamente "torturadas", visando a aparentar uma pseudoeficiência estatal; e pelo emprego de uma insidiosa e clandestina engenharia política a comandar ações institucionais a serviço da legitimidade, hegemonia e incolumidade do estado corrupto.
Todavia, essa leviandade estatal está escancaradamente institucionalizada e eficientemente viabilizada no país graças ao desvirtuamento criminoso dos servidores públicos de nossas instituições nacionais, em todos os seus níveis, seja por participação ou conivência; principalmente dos investidos em cargos de comando, direção, ou chefia, cuja responsabilização pessoal e funcional é inescapável. Assim, a outra questão é saber como esses funcionários do estado convivem com as suas próprias consciências, ante à consciência de sua anuente manipulação. Porque como nada fazem contra esse estado de coisas, certamente não são menos corruptos que os corruptos que dizem combater.
Portanto, a única cura possível para o câncer da corrupção que vitima o Brasil está na ação de pessoas: éticas e que transformem ética em ações, não em palavras; com coragem moral inabalável; com um passado digno e transparente; que dêem o exemplo em tudo; livres e independentes; que não tenham comprometimento com ninguém e com nada e; dispostas ao verdadeiro combate contra a corrupção no Brasil, cujo tratamento requer ações urgentes e avassaladoras de quimioterapia, principalmente contra as células malignas que o alimentam proliferando o seu contágio pelo país, que são os muitos servidores públicos corruptos de nossas instituições nacionais que, por dolo ou culpa, estão infectando de morte o estado brasileiro.