Artigo de André Soares - 27/08/2012
Desde
Adão e Eva, o homem sempre atuou na história como protagonista
principal. Contudo, a mulher especializou-se nos auspícios de agir como
eminência parda, fortalecendo-se na imortalizada beleza da Vênus de
Milo, a deusa do amor. Nos dias atuais, vivemos a consagração da vitória
feminina, cuja estratégia silenciosa ao longo dos tempos conduziu as
mulheres à conquista do mundo, conquanto os homens ainda não tenham se
apercebido disso. Na "guerra dos sexos", ao contrário do que se imagina,
as mulheres não são o sexo frágil, embora tenham a habilidade de
fazerem crer que sim. A realidade é que elas venceram dominando a arte
de persuadir, sem se revelar; conhecer, sem ser conhecido, e continuando
a ser um enigma especialmente para os homens, reduzidos hodiernamente por elas ao papel de "homem-bibelô".
O
“homem-bibelô” é um fenômeno contemporâneo degenerativo da natureza
masculina, conseqüência da estratégia hegemônica feminina. Destaca-se
que ele está afeto exclusivamente à ação das mulheres bem-sucedidas que,
especializadas na principal vulnerabilidade masculina, uma vez que os
homens são escravos do sexo, sobrepujam-nos e os escravizam
completamente. Todavia, essa expertise requer inteligência, perseverança e determinação das mulheres,
visando à conquista e manutenção das principais fontes do seu poder e
domínio sobre os homens: a beleza e a independência financeira. Ressalta-se
que sua hegemonia está exclusivamente vinculada à estética corporal
feminina porque a supremacia do poder da mulher está na beleza do seu
corpo, não de suas ideias. Assim, tornando-se esplendorosamente
belas e independentes financeiramente as mulheres escravizam plenamente o
sexo oposto, libertando-se do jugo provedor masculino.
Portanto,
na "guerra dos sexos" a verdade é que os homens são cada vez menos
imprescindíveis às mulheres quanto mais poderosas elas se tornam, embora
a recíproca não seja verdadeira. Porque
é crucial não esquecer que somente os homens são escravos do sexo.
Pois, as mulheres são escravas do amor, conquanto sejam confusas quanto a
esse sentimento, razão pela qual são infiéis, principalmente as
poderosas. Destarte,
o seu real interesse pelo sexo oposto recai somente sobre os homens
mais bem-sucedidos que elas, desde que possuam manifesto potencial para a
satisfação de suas vaidades e desejos. Esse é o contexto em que o
fenômeno do “homem-bibelô” se manifesta, ocorrendo majoritariamente no
público-alvo masculino financeiramente privilegiado, cujo perfil é
constituído principalmente por empresários, políticos, artistas,
banqueiros, chefes de organizações criminosas, dentre outros.
Esses
homens estão sendo avassaladoramente condenados a “homens-bibelôs”,
pois se tornam marionetes nas mãos dessas mulheres poderosas,
inevitavelmente transformados em zumbis ao seu serviço, sedentos por sua
companhia e atenção, miseravelmente escravizados por migalhas de sexo.
Abdicando ao protagonismo no relacionamento homem-mulher, os
“homens-bibelôs” subvertem-se a um comportamento subserviente, no qual
aceitam ser exibidos socialmente por elas a tiracolo, reduzidos a
decorativo troféu de cobiçado exemplar masculino servil, ou à futilidade
de um descartável “souvenir” de luxo. Perdem assim valorosos e
fundamentais atributos da masculinidade inerentes à personalidade do
homem viril, tão especialmente admirados e desejados num homem,
particularmente pelas próprias mulheres.
Os
“homens-bibelôs” são “homens de brinquedo”, sem identidade e
autoconfiança, emocionalmente fragilizados, inseguros e dependentes, a
abarrotarem os consultórios psicológicos em busca do seu “elo perdido”.
Esta é uma conjuntura epidêmica em
todas as classes sociais e faixas etárias, assinalando um cenário de
prognóstico desfavorável na inexorável e interminável "guerra dos
sexos".
Quanto
às mulheres poderosas, resta-lhes a esperança de terem a felicidade de
encontrar em suas vidas um verdadeiro homem como companheiro, que esteja
à sua altura em todos os sentidos, com personalidade e força de
espírito para lhes amar e proteger, inspirando-lhes amor e admiração.
Nesse mister, a despeito de suas vertiginosas conquistas históricas e de
comandarem cada vez mais os desígnios da humanidade, a verdade é que as
mulheres têm fracassado sistematicamente ante ao derradeiro desafio de
suas vidas pessoais, crucial à felicidade feminina. Porque mulheres
poderosas podem manipular legiões de “homens-bibelôs”, mas “somente uma
grande mulher ladeará com um grande homem”.
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