quarta-feira, 12 de setembro de 2012

O Brasil e as eleições

O Brasil e as eleições
Ano após ano, os brasileiros se enganam achando que vão construir o Brasil e resolver os problemas nacionais com eleições. Este ano vivemos o ciclo de nova eleição presidencial e a sociedade brasileira está novamente iludida na expectativa de que o seu futuro e o futuro do país dependerão fundamentalmente desse resultado. Se o Brasil é um estado de direito, democrático e soberano, então independe quem será o próximo presidente eleito, pois o destino de uma nação forte é determinado e comandado exclusivamente pela autoridade da sociedade que a legitima, e não pelo personalismo de pessoas eventualmente investidas em cargos eletivos.
Evidentemente que as eleições são um marco histórico importante na agenda política de qualquer país democrático e merece todo o empenho cívico de seus cidadãos; mas a construção e a condução uma nação é muito mais do que escolher vereadores, deputados, prefeitos, governadores, senadores e presidentes da república. Estes, na verdade, são “operários”, temporariamente a serviço do estado, comprometidos em cumprir com máxima eficiência, publicidade e transparência as políticas públicas, visando à consecução dos objetivos nacionais. Se isto não está acontecendo no Brasil, então estamos com problemas.
Não há dúvidas de que o Brasil nasceu em “berço esplêndido”, “abençoado por Deus”, contemplado com a dádiva de ser um país privilegiado pelas inúmeras riquezas que possui. Sorte? Benção divina? Se for sorte, certamente acabará, pois este fenômeno estocástico é também imprevisível. Se for benção divina, pior; porque um Deus justo só premia quem “faz por merecer” – e nesse caso o Brasil está correndo sério risco, pois não tem feito corretamente seu “dever de casa”.
Ser uma potência mundial como o Brasil pretende é uma conquista que requer mais que crescer e se desenvolver. É preciso mudar e evoluir para essa nova condição, pensando e agindo como tal e libertando-se dos vícios que infelizmente o Brasil persiste em praticar, assemelhando-se ao adolescente infeliz que não quer amadurecer.
“Até quando o Brasil continuará na adolescência do voto obrigatório?”
“Até quando os brasileiros que não encontram candidatos honrados que os represente continuarão na adolescência de eleger seus mandatários, votando no candidato menos “pior”?”
“Até quando a sociedade continuará na adolescência de permitir a eleição e o mandato de pessoas indignas e corruptas?”
 “Até quando o Brasil continuará a ser um país adolescente?”
Não é de mais um presidente da república para governar o Brasil que estamos precisando, pois presidentes, parlamentos e instituições são apenas nossos serviçais. Precisamos, sim, decidir amadurecer, ou estaremos condenados a continuar “navegando” à mercê dos populistas oportunistas, dos conchavos partidários, da politicagem, e da corrupção institucionalizada, cujo futuro inglório será abandonado pela sorte e pela benção divina.
Que o Brasil “adolescente” tenha a coragem de iniciar a sua “vida adulta”, deixando para o passado a sua longa dinastia de governantes “adolescentes”.

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